Nos dois primeiros meses do ano, a alta de preços do papel chegou a 65%. O aumento foi influenciado pelas variações cambiais, em especial do dólar (base para precificação de diversos insumos da indústria gráfica), e dos fretes aéreo e marítimo.
A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) também teve forte impacto. Houve crescimento da demanda interna por celulose e outros tipos de matéria-prima para produção de embalagens, como o papelcartão.
Somente a Suzano, que detém aproximadamente 40% do mercado de fornecimento no Brasil, reajustou em 35% o valor da matéria-prima no primeiro mês do ano. A Klabin já prevê novo aumento da celulose de fibra curta na China para abril (US$ 100/t).
PRODUÇÃO DE PAPEL
O relatório DadosPapel, da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), mostrou que em janeiro deste ano, a produção nacional de papel teve alta de 3,8%. Por segmento, papel para imprimir e escrever (-2,1%), para fins sanitários/tissue (-0,9%) e papelcartão (-8,8%) registraram quedas. As indústrias de embalagem (+9,2%) e imprensa (+14,3%) foram as que obtiveram os melhores resultados e influenciaram positivamente a média geral.
As exportações de produtos derivados de papel cresceram 22,9%, totalizando 193 mil toneladas. Já as importações reduziram em 20,8%, passando de 53 mil toneladas para 42 mil toneladas de insumos. As vendas domésticas subiram 1,8%.
Fontes: Ibá, InfoMoney, Folha de S.Paulo.