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Na próxima segunda-feira, 9 de julho, homenageia-se no Estado de São Paulo a Revolução Constitucionalista de 1932, que, este ano, completa 86 anos. O movimento era contrário ao governo de Getúlio Vargas e exigia mais participação das elites paulistas no poder e uma nova Constituição. As batalhas entre os revoltosos e tropas federais durou até o início de outubro de 1932. 

A efeméride é, desde 1997, considerada data magna estadual por meio da Lei nº 9.497.

A luta entre os soldados paulistas e o Governo Central teve muito apoio popular, especialmente após a morte de quatro rapazes em uma manifestação em 23 de maio de 1932. Os nomes e sobrenomes deles originaram o M.M.D.C. - Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo. Além disso, campanhas como "Ouro para o Bem de São Paulo" fizeram com que as famílias doassem joias e alianças de casamento em prol dos revolucionários e muitas pessoas se voluntariaram para lutar nas trincheiras espalhadas pelo Estado. 

 Cerca de 640 combatentes paulistas e mais de mil soldados do governo federal morreram nas batalhas. Os combates se destacavam pela falta de armamentos pesados (muitos, também, eram defasados e improvisados), treinamento insuficiente dos paulistas e pelo uso de aviões, por ambos os lados da guerra, para bombardear cidades - caso de Campinas e Santos. Ainda, como forma de sanar a precariedade das armas e enganar o inimigo, foi inventada a matraca, que imitava o som de metralhadoras e era usada pelas tropas revolucionáras.

A nova Constituição brasileira, exigida pelos paulistas e que foi um dos estopins da Revolução, só foi promulgada em 1934 por Vargas. Ela trazia alguns avanços, como o sufrágio universal: todos os maiores de 18 anos, homens e mulheres, teriam direito ao voto, que, dessa vez, seria secreto; a igualdade de todos os cidadãos perante a lei; a liberdade de crença, de expressão, de ir e vir e de associação; e direitos dos trabalhadores, como salário mínimo, férias anuais remuneradas, proibição do trabalho infantil e jornada de oito horas diárias. É possível ler a íntegra da legislação aqui

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Por causa do feriado estadual de 9 de julho, não haverá expediente da ASSINGRAFS e do SINGRAFS na próxima segunda-feira. 

Fontes: Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), Portal da Câmara dos Deputados, Canal Buenas Ideias (Eduardo Bueno), InfoEscola, Globo Repórter (1992), Guia de Curiosidades Históricas, Guia dos Curiosos, Jornal Extra, O Estado de S.Paulo, Terra Educação.