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Na última quarta-feira (5), a ABRELIVROS (Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares), a CBL (Câmara Brasileira do Livro) e o SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros) divulgaram o Manifesto em Defesa dos Livros. O texto repudia a proposta de Reforma Tributária, apresentada pelo Ministério da Economia ao Congresso Nacional, que criaria um novo tributo e retiraria a isenção de PIS/Cofins dos livros.

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O Manifesto alega que “a imunidade tributária está presente em vários países do mundo” e que o livro não deve ser visto apenas como mais uma commodity, e, sim, como “um ativo estratégico para a economia criativa, que facilita a mobilidade social assim como o crescimento pessoal e traz a médio prazo benefícios sociais, culturais e econômicos para a sociedade”.

A proposta de Reforma Tributária sugere a substituição de PIS/Cofins pela CBS (Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços), que poderá incidir em 12% sobre o mercado livreiro. Atualmente, a Lei nº 10.865, de 2004, garante a isenção destes dois tributos sobre a receita bruta da venda de livros – e também de papel destinado à impressão de jornais e periódicos.

De acordo com as instituições que assinam o artigo, a isenção tributária permitiu a redução do preço dos livros (33%) e alta de 90 milhões de exemplares vendidos entre 2006 e 2011.

No texto, as entidades afirmam que “as instituições ligadas ao livro estão plenamente conscientes da necessidade da reforma e simplificação tributárias no Brasil”, mas que a resposta a isto não virá do aumento do preço dos livros, “inevitável diante da tributação inexistente”. “Menos livros em circulação significa mais elitismo no conhecimento e mais desigualdade de oportunidades no país das desigualdades conhecidas, mas pouco combatidas”, diz a publicação.

Na última quarta, o Grupo Companhia das Letras e a Globo Livros divulgaram em suas redes sociais posicionamentos contra o fim da isenção tributária. 

GloboLivros instagramImagem: Globo Livros_Instagram

Também assinaram o Manifesto em Defesa do Livro a ABDR (Associação Brasileira de Direitos Reprográficos), ABDL (Associação Brasileira de Difusão do Livro), ABEU (Associação Brasileira das Editoras Universitárias), ANL (Associação Nacional de Livrarias) e LIBRE (Liga Brasileira de Editoras).

A íntegra do texto pode ser lida aqui.