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O mês de junho registrou a perda de 10.984 postos de trabalho com carteira assinada no Brasil. De acordo com o Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foram 906.444 demissões realizadas no período e 895.460 admissões. No acumulado do ano, o saldo é de -1.198.363 empregos no País – quase 1,2 milhões de brasileiros desempregados.

Em 2020, os meses com os maiores números de empregos perdidos foram abril (-918.286), maio (-350.303) e março (-259.917), período em que medidas para contenção da pandemia do novo coronavírus (COVID-19) foram tomadas. Entre elas, a quarentena e a suspensão de atividades econômicas que não eram consideradas essenciais. Janeiro (114.786) e fevereiro (226.341) haviam registrado alta na geração de vagas.

Entre os grupamentos de atividades econômicas, os maiores saldos negativos foram observados em Serviços (-507.708), Comércio (-474.511), Indústria Geral (-246.593) e Construção (-32.092). Apenas Agricultura teve taxas positivas (62.633) no acumulado de janeiro a junho.

No Sudeste, o grupo que concentra as atividades industriais (Indústria Geral) teve o maior saldo negativo entre as demais regiões brasileiras. Foram -11.992 empregos. Logo atrás, vem o Nordeste, com -110.

Entre as UFs (Unidades da Federação), São Paulo foi o Estado que mais demitiu e mais contratou no acumulado de janeiro a junho: 2.651.323 desligamentos e 2.286.853 admissões, saldo de -364.470 empregos formais e variação relativa de -3,02%.

A média salarial no período também sofreu retração, chegando a R$ 1.696,22 (queda de 2,68%). O setor de Serviços foi o que registrou o maior salário médio de admissão (R$ 1.846,29), mesmo tendo o maior índice de variação relativa negativo (-4,05%) quando comparado a Comércio; Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (R$ 1.484,85 e variação de -1,16%), Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura (R$ 1.429,86, variação de 1,72%), Indústria Geral (R$ 1.673,24, variação de -2,79%) e Construção (R$ 1.759,37, variação de 2,13%).

O impacto das novas legislações trabalhistas criadas para o enfrentamento da pandemia também foi notado no período analisado. O número de desligamentos de funcionários por meio de acordo foi de 9.733. A quantidade de trabalhadores que aderiram ao trabalho parcial (redução de jornada e de salário) chegou a 5.889 em junho, e os registros de trabalho intermitente atingiram 11.848 no mês passado.

Os dados foram divulgados pelo Caged nesta semana. Para acessá-los, clique aqui.